domingo, 3 de abril de 2011

GABARITO - 14

01 - D 02 - A ,03 - C 04 - B 05 - C 06 - B 07 - A 08 - C 09 - A 10 - B

"Viva a história, sem ela não existiria o futuro" - Italo Batista

EXERCÍCIO - 14

01. (UNIFESP) Encerrado o período colonial no Brasil, entre as várias instituições que a metrópole implantou no país, uma sobreviveu à Independência. Trata-se das

A) Províncias gerais.
B) Milícias rurais.
C) Guardas nacionais.
D) Câmaras municipais.
E) Cortes de justiça

02. (UNIFESP) Entre aproximadamente 1770 e 1830, a região maranhense conheceu um ciclo de prosperidade econômica, graças:

A) à produção e exportação do algodão, matéria-prima então muito requisitada por causa da Revolução Industrial em curso na Inglaterra.
B) à criação da pecuária e à indústria do charque, para abastecer o mercado interno então em expansão por causa da crise do sistema colonial.
C) ao extrativismo dos produtos florestais, cuja demanda pelo mercado internacional teve lugar exatamente naquele momento.
D) à produção e exportação de arroz, cacau e fumo, cujos produtos começaram a ter aceitação no mercado mundial de matérias-primas.
E) à produção e exportação do açúcar, o qual, com o aumento da demanda, exigiu novas áreas de cultivo, além da nordestina.

03. (UNIFESP) Os membros da loja maçônica fundada por José Bonifácio em 2 de junho de 1822 (e que no dizer de Frei Caneca não passava de um “clube de aristocratas servis”) juraram “procurar a integridade e independência e felicidade do Brasil como Império constitucional, opondo-se tanto ao despotismo que o altera quanto à anarquia que o dissolve”. Na visão de José Bonifácio e dos membros da referida loja maçônica, o despotismo e a anarquia eram encarnados, respectivamente,

A) pelos que defendiam a monarquia e a autonomia das províncias.
B) por todos quantos eram a favor da independência e união entre as províncias.
C) pelo chamado partido português e os republicanos ou exaltados.
D) pelos partidários da separação com Portugal e da união sul-americana.
E) pelos partidos que queriam acabar com a escravidão e a centralização do poder.

04. (UNIFESP) Aquilo não era uma campanha, era uma charqueada. Não era a ação severa das leis, era a vingança. Dente por dente. Naqueles ares pairava, ainda, a poeira de Moreira César, queimado; devia-se queimar. Adiante, o arcabouço decapitado de Tamarindo; devia-se degolar. A repressão tinha dois pólos – o incêndio e a faca... Ademais, não havia temer-se o juízo tremendo do futuro. A História não iria até ali.
(Euclides da Cunha, Os Sertões.)
Essa passagem do livro

A) revela a preocupação que os protagonistas de ambos os lados tinham com relação às implicações políticas de suas ações.
B) denuncia mais do que a crueldade de ambos os lados, o sentimento de impunidade entre as forças da repressão.
C) mostra que ambos os lados em luta estavam determinados a destruir o adversário para não deixar provas de sua conduta.
D) critica veladamente a ausência de interesse por parte da opinião pública e da imprensa com relação ao episódio relatado.
E) indica que o autor, por acompanhar de longe os acontecimentos, deixou-se levar por versões que exageraram a crueldade da repressão.

05. (UNIFESP) A política do Estado brasileiro, depois da Revolução de 1930, nas palavras do cientista político Décio Saes, “será combatida, pelo seu caráter ‘intervencionista’ e pelo ‘artificialismo’ dos seus efeitos; de outro lado, a política de reconhecimento das classes trabalhadoras urbanas será criticada pelo seu caráter ‘demagógico’, ‘massista’ e ‘antielitista’”. (in: História Geral da Civilização Brasileira, III, 3, 1981, p. 463.)
As críticas ao Estado brasileiro pós-1930 eram formuladas por setores que defendiam

A) os interesses dos usineiros e, no plano político, o coronelismo.
B) posições afinadas com o operariado e, no plano político, o populismo.
C) os interesses agro-exportadores e, no plano político, o liberalismo.
D) as burguesias comercial e financeira e, no plano político, o conservadorismo.
E) posições identificadas com as classes médias e, no plano político, o tenentismo.

06. (UNIFESP) ... E a elevação do salário mínimo a nível que, nos grandes centros do país, quase atingirá o dos vencimentos máximos de um [militar] graduado, resultará, por certo, se não corrigida de alguma forma, em aberrante subversão de todos os valores profissionais, estancando qualquer possibilidade de recrutamento, para o Exército, de seus quadros inferiores. (Memorial dos Coronéis, de fevereiro de 1954.)
Sobre o documento, é correto afirmar que expressava:

A) o ponto de vista de todos os coronéis, que estavam preocupados com os baixos salários pagos aos militares.
B) a posição dos coronéis contrários ao presidente Vargas e à sua política econômica, incluindo a elevação do salário mínimo.
C) o mal-estar generalizado existente nas fileiras do Exército brasileiro com a política industrial do presidente Vargas.
D) o descontentamento dos coronéis nacionalistas pelo fato de o salário mínimo não contemplar os trabalhadores rurais.
E) a luta surda que então existia entre coronéis, de um lado, inimigos de Vargas, e tenentes, de outro, que
apoiavam o presidente.

07. (UNIFESP) Proclamo aquilo que toda a Nação reconhece: está caduca a estrutura rural brasileira. A reforma agrária já não é, assim, tema de discurso, mas objeto de ação imediata: ação legislativa e ação executiva ...
(Declaração do presidente Jânio Quadros, publicada no jornal Correio da Manhã, em 03.08.1961.)
No momento dessa declaração, a reforma agrária no Brasil

A) estava na ordem do dia, daí a posição do presidente em seu favor.
B) aparecia como uma questão ultrapassada, como demonstra a posição da presidência.
C) era algo restrito apenas à região nordestina, onde agiam as Ligas Camponesas.
D) há muito que era defendida pela maioria do Congresso, mas não pelo Executivo.
E) jazia adormecida e, por razões demagógicas, foi despertada pelo presidente

08. (FUVEST) Em novembro de 1807, a família real portuguesa deixou Lisboa e, em março de 1808, chegou ao Rio de Janeiro. O acontecimento pode ser visto como

a) incapacidade dos Braganças de resistirem à pressão da Espanha para impedir a anexação de Portugal.
b) ato desesperado do Príncipe Regente, pressionado pela rainha-mãe, Dona Maria I.
c) execução de um velho projeto de mudança do centro político do Império português, invocado em épocas de crise.
d) culminância de uma discussão popular sobre a neutralidade de Portugal com relação à guerra anglo-francesa.
e) exigência diplomática apresentada por Napoleão Bonaparte, então primeiro cônsul da França.


09. (FUVEST) A atividade extrativista desenvolvida na Amazônia, durante o período colonial, foi importante, porque:

a) garantiu a ocupação da região e aproveitou a mão-deobra indígena local.
b) reproduziu, na região, a estrutura da grande propriedade monocultora.
c) gerou riquezas e permitiu a abertura de estradas na região.
d) permitiu a integração do norte do Brasil ao contexto andino.
e) inviabilizou as aspirações holandesas de ocupação da floresta.

10. (FUVEST) Sobre a economia brasileira durante a Primeira República, é possível destacar os seguintes elementos:

a) exportações dirigidas aos mercados europeus e asiáticos e crescimento da pecuária no Nordeste.
b) investimentos britânicos no setor de serviços e produção de bens primários para a exportação.
c) protecionismo alfandegário para estimular a indústria e notável ampliação do mercado interno.
d) aplicação de capital estrangeiro na indústria e consolidação do café como único produto de exportação.
e) integração regional e plano federal de defesa da comercialização da borracha na Amazônia.